Pintora, escultora, gravadora e desenhadora americana de origen francesa, Louise Bourgeois iniciou a sua actividade no ateliê de restauro de tapeçarias dos seus pais. Estudou matemática na Sorbonne antes de se dedicar à arte. Formada em Paris junto dos melhores mestres, Wlérick e Léger antes da guerra e Zadkine durante a Libertação, é por este último que ela é influenciada para as primeiras grandes obras. Em 1938 mudou-se para Nova Iorque, onde estudou pintura durante dois anos, associando-se à "Art Students League". O seu trabalho foi exposto na Brooklyn Museum Print Exhibition em 1939 e, durante a II Guerra Mundial, trabalhou com vários expatriados europeus, como Miró e Masson. Em 1949 realizou a sua primeira exposição de escultura. A escultura de Louise Bourgeois, abstracta a partir dos anos 1950, não sem que a figuração nela reapareça de forma recorrente no tema do nu feminino, foi durante muito tempo inspirada pela verticalidade. Nos anos 60 e 70, os seus conteúdos tornaram-se mais sexualmente explícitos. O seu trabalho começou a ser apreciado e reconhecido nos anos 70 como resultado da mudança de atitudes em relação ao feminismo e ao pós-modernismo. Em 1992 desenhou o pavilhão americano na Bienal de Veneza e participou na documenta 9 em Kassel. A obra de Louise Bourgeois está presente em inúmeros museus americanos e europeus, na Austrália e em Séoul.