Nascido em Lisboa, Francis Smith foi um poético interprete de temas portugueses, apesar de radicado em Paris durante mais de cinquenta anos. Juntamente com outros jovens artistas portugueses entre os quais Manuel Bentes, Eduardo Viana e Emmerico Nunes que desde 1905 se encontravam em Paris (Smith desde 1907), foi promotor da Exposição Livre, 1911, que desejava sobrepor-se à produção naturalista que dominava os Salões oficiais onde dominavam Columbano e Malhoa. A sua pintura evoca o pitoresco português, sejam as vistas inventadas da Lisboa dos bairros populares ou a primavera florida do Algarve. Feitas de memória afectiva, enunciam o gosto analítico característico do ingenuísmo plástico. Em 1925-26, a convite do Arq. Carlos Ramos, colaborou na remodelação do Bristol Club, juntamente com Almada, Soares, Viana, Barradas, entre outros. Está representado no Museu do Chiado, em colecções do Estado, e nas mais significativas colecções particulares portuguesas e em diversos museus provinciais franceses.